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A Revolução de 1932 e a Nona

 

A Revolução constitucionalista de 1932, muitos mitos, muitas inverdades.

Eu sempre discursei muito a vida toda, sobre a importância para os Paulistas no dia 9 de Julho. Quando o governador Covas decretou este feriado, foi uma emoção muito grande para mim.

Sempre que converso sobre o assunto, lembro de minha Nona (avó em Italiano), D. Marieta. Todos conheciam bem a sua história, ela ficou viúva com 32 anos (1928), e segundo conta-se quase morreu ao perder o grande amor de sua vida. Com 4 filhos pequenos para criar, a maior com 7 anos e a menor com 8 meses, trabalhou e lutou muito para sobreviver.

Convivi pouco com essa adorável criatura, mas o suficiente para lembrar as homenagens ainda após 30 anos do falecimento do Vovô Vicente, nas datas referentes. Todos precisavam fazer muito silêncio, varrer o chão jamais. O dia anterior a essas datas os alimentos eram cozidos, para que o fogão não fosse utilizado. No mínimo apenas esquentar a comida. Tudo estava direcionado ao silêncio. O fósforo sendo riscado, já poderia ser uma forma de sair do estado de concentração. E nós netos, seguíamos a Nona sempre com muito interesse e respeito.

Bem toda esta descrição é para mostrar-lhes o quanto de amor eterno, nossa amadinha Nona tinha pela lembrança do Vovô Vicente, ainda assim ela não tinha sua aliança de casamento original, porque havia sido doada, no movimento da Revolução Constitucionalista de 1932. Imaginem a importância dessa doação.

Este fato por si só, sempre me fez prestar muita atenção, nas lindas histórias românticas que ouvi a vida inteira, sobre esse episódio em São Paulo.

A revolução de 1932 liderada por São Paulo tem precedentes desde 1920 e que faz caminhar até os anos do Estado Novo e em 15 anos de ditadura no Brasil.

Alguns aspectos muito importantes gostaria de destacar, que ainda fazem parte das mentes dos nossos patrícios. Muitas vezes eu ouvi: Ahhhh se a revolução de 1932 tivesse dado certo, hoje estaríamos separados do Brasil. Esta propaganda inteligente, porém destrutiva, foi uma das principais armas do governo da república, para motivar os soldados a combater os paulistas, e fazer muitos estados, que inicialmente iriam aderir ao movimento, desistir.

Fundamentalmente a Revolução Constitucionalista de 1932 combatia o governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado em 1930. Os revolucionários exigiam uma nova Constituição e eleições presidenciais para o Brasil. Nunca foi intenção do movimento separar São Paulo do Brasil. Foram três meses de conflito. O movimento congregou toda a sociedade Paulista e Paulistana, que atingiu o emocional da população quando da morte em 23 de maio do mesmo ano, de 4 jovens: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, o MMDC. Houve uma organização exemplar para confecção de uniformes, compra de material bélico, suporte aos soldados. Foi onde entrou a aliança de minha avó. Sinônimo de amor sem precedentes para mim.

Além da propaganda enganosa sobre as intenções dos Paulistas, o suposto erro foi a falta de estratégia dos soldados paulistas, muito mais alimentados de sonhos do que de metas . A suposta aliança entre Minas Gerais e Rio Grande do Sul, acabou voltando-se contra os Paulistas, seduzidos pelo populismo de Getulio Vargas.

"E São Paulo, sozinho, descobriu que de nada valeriam seus 25 mil voluntários animados e idealistas, sem armas e munição. Os dois meses de luta que se seguiram foram pródigos em criatividade e heroísmo. A eloqüência dos tribunos, as histórias guardadas nas sagas familiares paulistas - em cujas casas as sucessivas gerações preservaram as relíquias constitucionalistas, capacetes, granadas e cartuchos, e esconderam a "bandeira das 13 listas" cantada pelo poeta Guilherme de Almeida e queimada e proibida por Getúlio - formariam acervo precioso de que hoje ainda bebem historiadores." (Cecilia Prada)

Aqui cabe uma explicação muito interessante sobre a velocidade das informações na época. Nos últimos dias de setembro de 1932, o governo republicano já considerava terminada a revolta. Enquanto os comandantes trocavam consultas e protocolos de um possível armistício, as tropas decidiam em vários pontos prosseguir a luta. Inconformados, oficiais e praças fogem para tentar continuar a campanha em Mato Grosso, Somente em 3 de Outubro foi considerada terminada uma revolução que na verdade, já havia terminado há um mês. Um ex-combatente, que fez certa vez uma palestra na faculdade que eu estudava, disse que não havia como eles saberem que a Revolução havia terminado. Hoje se sabe destas informações, quase ao mesmo tempo de seu acontecimento.

As histórias envolvendo Getúlio Vargas são surpreendentes. O seu poder de persuasão era muito forte. A minha avó, que deu sua aliança para o "bem de São Paulo", nunca admitiu que o Pai dos pobres, como conhecido, pudesse trair seus vizinhos. Em 1955 quando Getulio Vargas morreu, ela chorou copiosamente, repetindo o que ouvia no velho rádio: Estamos órfãos....

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Com planejamento o que teria sido diferente em 1932?

 

Veja filme a respeito:

 

 


   

 

 

 

 

 

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Elza Conte - Uma Coach que acredita em constante reconstrução.