Ao chamar um bebê de fofinho, você pode estar criando um futuro adulto obeso. O que há
de verdade nesta afirmação?
Uma reflexão sobre Obesidade Infantil e como o processo de Coaching pode ajudar
Palavras Chave: Coach, Coachee, Coaching de emagrecimento, Obesidade Infantil, Crenças Limitantes, Proibições,
Rejeição
Ao chamar um bebê de fofinho, você pode estar criando um futuro adulto obeso. O que há
de verdade nesta afirmação?
Gordo para Sempre? O questionamento feito na capa da Revista da semana de 17 de Julho de 2008 não é menos chocante!
Veja os principais ítens deste artigo:
1- Crenças Limitantes (para quem lida com fofinhos ou para quem foi e continua sendo
um fofinho) - Click aqui;
2- Crenças Universais ou Crianças obesas tendem a ser adultos obesos -
Click aqui;
3- Crenças desde a fase intrauterina - Click aqui;
4- Questões sobre obesidade - Click aqui;
5- A rejeição pelo grupo - Click aqui;
6- Convivência pacífica com os proibidos - Click aqui;
7- Como um Coach pode acompanhar esta situação? - Click aqui.
1- E as crenças limitantes o que tem com isto? Com obesidade? (para quem lida com fofinhos ou para quem foi e continua sendo um fofinho)
Crenças são verdades introjetadas para dentro de si, podem ser constituídas por palavras ou sentimentos. A maioria delas é formada na infância e alimentada pelo resto de nossas vidas. Sua atuação traz sempre sinais junto consigo e prende o ser a sua origem e atitudes.
Quando estas crenças são limitantes? A crença é limitante quando você não
é capaz de atualizar esta informação. Prende-se a ela sem perceber mudanças em torno de
si. Bem na verdade nem todas as crenças que sua mãe lhe passou são limitantes, certamente a
maioria foram possibilitadoras. Quantas vezes ela lhe deu coragem e disse o quanto era importante para o mundo...
Você também não se esquece destas crenças, não é mesmo?
Devidamente autorizada, vou relatar um fato de uma Coachee, que acompanhei recentemente, envolvida com uma crença
limitante e emagrecimento.
Em todas as reuniões de Coaching para emagrecimento, a pergunta essencial que faço é:
- Você quer realmente emagrecer?
Minha Coachee um pouco perplexa com a pergunta, respondeu-me:
- Sim, é o que mais desejo, embora queira ter filhos saudáveis, fofinhos e alimentá-los
bem.
- Você precisava estar obesa para ter filhos saudáveis e alimentá-los bem? Perguntei-lhe.
Por alguns segundos minha Coachee pensou. Seu olhar procurava no espaço, explicações para a
descoberta que acabara de fazer. Muito assustada disse-me:
- Nossa, lembrei-me agora de minha avó, quando eu recusava-me a comer dizia: "Filha você
é mulher, precisa comer bem, ficar sempre fofinha, forte para ter filhos saudáveis. Mulher magra não
consegue ter leite para amamentar seus filhos. E você não vai querer que seus filhinhos morram de fome,
não é?"
Você já tem suas conclusões sobre o assunto. As crenças limitantes quando descobertas, como no caso de minha Coachee, são o início de uma longa jornada, formada por soluções no lugar de problemas.
2- Crenças universais ou Crianças obesas tendem a ser adultos obesos
Todos concordam que os bebês cheios de dobrinhas fazem a festa da família. O discurso usual é: quando ele começar a andar tudo será resolvido. Eis uma informação desatualizada - A humanidade não evoluiu no conceito que criança fofinha é forte e sobreviverá melhor, desde a época do homem das cavernas. Os nossos ancestrais precisavam da gordura para sobreviver ao frio e às infecções, era uma questão de sobrevivência.
Todas estas informações primitivas estão presentes em nosso patrimônio genético e
precisam ser atualizadas.
Há outros estudos sobre a questão de sobrevivência do organismo humano, como questão da
Coluna Vertebral, qualquer ortopedista sabe, que se andássemos como animais com as mãos e pés
no chão, sua carreira não teria muito sucesso.
Por outro lado, de acordo com a Revista da Semana, "a Obesidade Infantil vem aumentando em índices
alarmantes, há seis milhões de jovens com excesso de peso no Brasil, segundo o IBGE. Existe um risco
grave nestas estatísticas: Crianças obesas tendem a ser adultos obesos. Uma criança obesa de
sete anos tem 50% de chance de tornar-se um adulto obeso. Com o adolescente obeso esta probabilidade sobre para 80%.
Porque isto acontece? O número de células adiposas, aquelas capazes de armazenar gordura, ainda
é pequeno no bebe. Essas células se multiplicam rapidamente a partir dos 4 ou 5 anos e praticamente
estacionam na adolescência, em cerca de 30 bilhões".
As células adiposas são indestrutíveis, existe em sua memória a informação de que são a sobrevivência do corpo(Memória da época das cavernas). Se for criado um ambiente no qual a criança "fofinha" é linda, existe grande probabilidade de estarmos condenando esta criança a ser realmente um adulto obeso.
3- Crenças desde a fase intrauterina
Na verdade temos menos de quatro anos para que seu físico, sua memória celular, direcionem este
corpo a ser magro e normal...
Onde tudo começa?
Nascemos com os sentidos em perfeita formação. Todavia é o ouvido o órgão mais
desenvolvido dos cinco.
Há estudos que comprovam que na 24ª. Semana da gestação, os fetos já reagem aos sons do meio em que a mãe está. De acordo com a musicoterapeuta Suzana Brunhara, os fetos identificam e reagem aos sons das batidas do coração das mães e até aos sons da digestão.
A audição e a gustação são os sentidos que proporcionam a principal comunicação com o mundo para os bebes. O que falamos aos bebês e o que levamos a sua boca, é de fundamental importância para encaminharmos este ser em formação, para uma vida inteligente...
Onde começamos a errar e formar a crenças nos nossos fofinhos:
* Inicialmente em passar para eles a energia de que ser fofinho é lindo;
* Reforçando o primitivismo da época das cavernas, que ser gordinho protege seu corpo;
* Ensinando-lhe que comida resolve qualquer problema!!!!
Como assim?
Chorar significa muitas coisas para o bebê:
* Um deles é a falta das batidas do coração das mães. Seu bebê tem dificuldades
para dormir? Se for problema de estar enfrentando pela primeira vez em sua vida a solidão, coloque perto dele
um relógio que tenha o seu Tic Tac audível. O bebê sentirá segurança e vai parar
de chorar.
* O bebê pode estar sujo. Você já sabe o que fazer, não é mesmo?
* O bebê pode estar sentido algum desconforto ou dor. Há necessidade de descobrir as causas.
Durante os três primeiros meses de vida, há a formação da flora intestinal, presume-se
que esta dor seja muito forte. No despontar dos dentes é outro momento de muita dor e desconforto para o bebê.
Passe-lhe coragem, a vida toda vamos precisar deste apoio.
Se a mãe der ao bebê uma mamada todas as vezes que ele chorar, estará reforçando a crença
de que a comida resolve qualquer problema.
Cometem-se absurdos para a criança parar de chorar, desde uma mamada, um pouquinho de mel na chupeta, até
ordenar que ele pare de chorar. Desde esta época a agressividade não é boa conselheira em
nenhuma fase de nossas vidas. Lembre-se o bebe não é um adulto em miniatura, que vai se intimidar com
seu grito...
4- Questões sobre obesidade
Gene da obesidade (BBC de Londres)
Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos apontou que crianças com duas cópias do
gene da obesidade têm mais dificuldades de saber a hora de parar de comer.
A equipe, do University College of London e do King's College, acompanhou 3 mil crianças entre 8 e 11 anos para avaliar o impacto do gene FTO - um dos primeiros a serem apontados como o vilão da obesidade - na queima de calorias e no apetite.
Eles observaram que as crianças que carregam o gene FTO duplicado tendem a comer demais, e a apresentar dificuldades em perceber quando já estão satisfeitas.
"Muitos genes contribuem para a obesidade e o apetite. Cada um tem uma pequena parcela de culpa que, quando somadas, criam um efeito significativo." O sobrepeso de crianças portadoras deste gene, é de 1,5 quilos em média.
A pesquisa britânica foi divulgada na publicação científica Clinical Endocrinology &
Metabolism.
O Gene FTO como se pode observar, propicia um sobrepeso muito pequeno ao seu portador, todavia traz consigo o
principal vilão da obesidade, que é a compulsão por comida, a dificuldade em parar de comer. Se
esta compulsão já não vem orientada da época do nosso fofinho, na qual se permitiu que
as células adiposas (indestrutíveis) fossem em número maior do que o necessário, grandes
dificuldades passam a rodear este ser obeso em formação.
O que significa estar saciado ao comer. Há várias etapas significativas para atingir-se este ritual. A comida precisa ser apreciada, saboreada, degustada vagarosamente para possibilitar que todo o processo digestivo possa orientar a fome e a necessidade de comer.
Vários processos desorientados são observados no meio familiar em relação à
comida. Existe:
* O conceito que não se devem deixar sobras no prato, que isso é pecado e que há pessoas
com fome.
* A disputa de espaço e poder faz com que os pratos estejam muito mais cheios do que deveriam;
* Brigas e discussões na hora das refeições, desviando a atenção do prazer
de comer...
* A ansiedade, outra grande vilã do emagrecimento, presente no comportamento das crianças de
hoje;
* A substituição das refeições mal feitas, por guloseimas e salgadinhos
* Comer a frente da televisão, desorientando a criança quanto a harmonia e prazer na hora das
refeições.
* Comer rapidamente...
5- A rejeição pelo grupo
As crianças chegam a ser cruéis com os seus diferentes. A
rejeição pode ser pela criança ser obesa, magra, alta, baixa, até porque caiu um dente,
entre outros. É a época onde as vaidades começam a despontar e alguém diferente não
pode participar do grupo, porque o torna menos poderoso.
Com a criança obesa, há um agravante muito sério, é sua falta de agilidade, o que em certas disputas passa a prejudicar o grupo. Então como na foto a criança é impedida de participar. Como conseqüência nasce o medo de ser ridicularizada, então já não pede para participar, com medo de receber um sonoro não.
A criança inativa perde uma das características mais importantes no desenvolvimento do seu corpo, que é o senso de espaço. Ao perder o senso de espaço, a criança perde o senso geométrico e de perspectiva, não conseguindo ir além do horizontal e vertical, por falta de exploração deste mesmo espaço. Qualquer professor de geometria sabe da dificuldade de algumas crianças não entenderem o que significa um vértice. Até certa fase de desenvolvimento da mesma, ela não consegue entender e ver a perspectiva de profundidade.
Esta segregação leva também a criança a não explorar conhecimentos, podendo vir a ser superficial em todas suas atitudes e atos. O Terceiro nível de estrutura do espaço possibilita, por exemplo, as pessoas entenderem como funciona um banco de dados em informática, seus relacionamentos, seus atributos. Possibilita também entender uma pesquisa, todas suas derivações, enfim esta exploração de espaço e conhecimentos faz uma criança evoluir e usar o seu cérebro em toda sua potencialidade.
A não participação estimulará outra grande vilã da obesidade: A falta de amor próprio. O nosso cérebro é especialista em gerenciar faltas, gerando procura incessante de preenchimento destes vazios. Esta é uma explicação para as compensações com comida. Todos sabem que comida não substitui a solidão e a falta de amor. Nosso cérebro desconhece esta verdade. Precisamos ensiná-lo a mudar este condicionamento. Foco e ação são instrumentos que um Coach utiliza neste momento.
6- Convivência pacífica com os proibidos
Imaginem só que revolução seria, proibir avós
e tios a não chamarem seus fofinhos de fofinhos, e impedir que se dar às crianças salgadinhos e
guloseimas...
Bom ou ruim é este o mundo que vivemos e nele adultos e crianças precisam conviver...
O Ser inteligente é aquele que vive o seu tempo. É possível, orientar uma criança, a conviver o mais pacificamente com sua situação e nível social.
Como vimos no capítulo anterior, segregar uma criança é sempre mais prejudicial do que fazê-la participar. Faz-se necessário entender como a criança sente o mundo, até certo estágio de desenvolvimento, a moral é fortíssima nas crianças, seguir regras, princípios e valores são inerentes a sua origem como ser humano. Para Piaget este contexto em que a criança vive, pressupõe o desenvolvimento da sua própria inteligência. Piaget vai além, se não observadas estas condições, a criança não desenvolve noções de ética, fundamentais ao discernimento e a convivência pacífica...
Daí explicarmos porque algumas crianças obesas, principalmente meninos são agressivos, porque em sua estruturação mental faltou a noção de moral e ética.
Gostaria de frisar que a criança, precisa constantemente participar, coagir e modificar seu meio ambiente, quanto mais complexa é esta interação, e quanto mais for estimulada a questão de moral e ética, mais inteligente será esta criança.
7- Como um Coach pode acompanhar esta situação?
Sim "acompanhar" é esta a principal característica
de um atendimento com Coaching . O Coach vai apenas ajudar a direcionar: do problema para a
solução. Ttodos os itens que citamos anteriormente, são embasados em provocar autoconhecimento,
superação, foco e ação adequada aos anseios dos Coachees (Clientes)
Autoconhecimento? Grande parte de nossas vidas está voltada a exteriorização. O outro, o grupo, os relacionamentos. Fundamentais sem dúvida. Todavia ao darmos atenção exagerada ao externo, passamos a desconhecer quem somos na essência. Quando nossas ações passam a ser reações, ficam descaracterizadas e sem a chancela da importância de decidir sobre o melhor.
Superação e Foco? Coaching está orientado para o futuro, para metas e objetivos. O Coach irá sempre provocar, através de desafios e perguntas, uma visão externa e sistêmica dos caminhos a serem desvendados e de valor para o Coachee. Ao mudar o Foco de atenção, através de inúmeros instrumentos de trabalho, a superação das fragilidades é um processo automático e significante para o direcionamento da ação.
Ação? Com a priorização no Autoconhecimento, na Superação e no Foco, constata-se fluidez nas ações, proatividade e soluções mais otimistas e efetivas.
Quando perguntamos a um Coachee:
Onde você quer chegar? Quem é você?
Muitas as respostas são vagas e inexpressivas. Falta, portanto autoconhecimento, dificuldade em superar
fragilidades, foco no futuro e ação.
Para as crianças fundamentalmente o Coaching traz a estabilidade necessária para ajudar o seu futuro adulto, que certamente ficará livre para conquistas e para aceitar-se como ser proativo e consciente que o "Ser inteligente é aquele que vive o seu tempo".
Para uma criança obesa é extremamente prejudicial trabalhar com privações, como as dietas sugerem. Um Coach trabalha fundamentalmente neste momento com visualização e foco. Um dos exercícios que normalmente proponho para meus pequenos Coachees, é conversar sobre seus heróis. Você já observou que não há na literatura, a menos que eu não conheça, heróis obesos? São todos ágeis, esguios, mostram leveza em todas as suas atitudes. De forma discreta e firme, ao provocar foco nas atitudes de um herói esbelto, você fortalece a importância sobre os principais atributos do mesmo. Crianças conseguem fazer escolhas, porque estão na fase mais criativa de suas vidas. Basta fortalecer seu potencial, conhecer e respeitar as características individuais de cada idade, ora ajudando a criar percepções, ora as vivenciando.
Certa vez, um sobrinho neto meu, em uma festa infantil, quando o chamei para comer alguma coisa, ele disse-me solenemente:
- Tia, comer eu como todos os dias, estes brinquedos eu não tenho todos os dias, então eu vou aproveitar tudo que puder.
Isto é foco... Não apenas para ter um corpo leve, mas para um auto treino, sobre outras grandes decisões em sua vida, tais como: escolher amigos, escolher o(a) primeira(a) nomorado(a), escolher a faculdade, entre muitas outras importantes decisões de suas vidas.
Master Practitioner em PNL
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Elza Conte - Uma Coach que acredita em constante reconstrução.